Retomando as atividades sobre
solos, durante esta semana o professor doutor da Universidade Estadual de Feira
de Santana (UEFS) Jémison Mattos dos Santos e os bolsistas do PIBID trabalharam
de forma prática com a turma do 9° ano do Ensino Fundamental II, ensinando
sobre uma técnica conhecida como “pé de galinha” para se descobrir as curvas de
nível do terreno da escola, que se constitui com uma encosta suave e técnicas
de combate à erosão a parir dos pontos descobertos por onde mais ocorre o fluxo
superficial das águas pluviais. Em se tratando da turma do 3° ano do Ensino
Médio, apresentou-se a versão final do poema a ser apresentado na ExpoPibid e
ensaiou-se.
Segue o poema do 3° ano (Ensino Médio)
A invisibilidade se faz presente desde os primórdios, onde éramos
considerados sem alma e fomos sacrificados.
Quantos dos nossos ancestrais foram escravizados, torturados,
chicoteados, e tiveram seu sangue derramado?
Ainda assim, lutaram para que o nosso povo não fosse mais esquecido e
que pudesse ter a liberdade, direito que até hoje é violado.
Diante de tanta violência, não estamos calados
Nossa trajetória é marcada por resistência
Desde quando o meu povo sofria nas mãos do feitor, passando no tronco
momentos de terror
Tratados como inferior, pretos sempre foram alvo de exterminação.
Desde a manutenção do sistema escravista, a injustiça aqui reina, o
estado é golpista!
Até hoje quantos pretos são vítimas de tortura e a mídia censura
Um mar vermelho tem sido gerado com o sangue do meu povo, que depois de
levar um enquadro, aparece morto
Com o seu caso sendo mostrado na TV, mas com distorção da real situação
Vivemos com uma falsa libertação
É só pegar visão e perceber que o chicote e o cassetete têm a mesma
função
O representante do navio negreiro hoje em dia é o camburão
E com essa reformulação, os presídios viraram novas senzalas, século
XXI, escravatura atualizada.